Bruce devolveu o retrato, sorrindo de forma quase gentil (evento raro), e cruzou os braços. Dirigiu os olhos para nada em especial – a ponta dos sapatos.
- É o meu pai. Era – disse.
Moira virou-se para ele, completamente surpresa. Tentou relacionar o homem da foto a Bruce, mas, no primeiro momento, pareceu-lhe difícil.
- Seu pai?
- Sim. Nicholas Glendoning. Grande Nicholas Glendoning.
Ainda estudando a foto, Moira sorriu. Bruce não percebeu.
- Explica algumas coisas – Moira comentou, um pouco sem graça.
- Explica, sim. É um bom começo.
- Começo de quê?
Bruce franziu o cenho.
- De... é algo que as pessoas dizem.
De repente, Bruce colocou a mão no bolso, puxando o celular. A tela não indicava nenhuma ligação perdida, ou recados, e Bruce quase suspirou de alívio.
- Pensei que...
- Sim?
- Que o celular tivesse... você sabe. Tocado – ele guardou o celular. Olhou para as paredes brancas à sua frente. – Não gosto de hospitais.
- Estou começando a notar.
Thursday, November 23, 2006
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