- Bem, é claro que é horrível, sim – Rob sentou-se na poltrona da sala. – E todos nós rezamos para o melhor. E, a sua mãe, você sabe como ela é...
Acabara de chegar de viagem para descobrir que Honoria se fora, no último trem, para Norwich. Bruce chegara pouco antes do padrasto, fazendo a mesma constatação. Ainda em Londres, havia ligado para mãe, relatando o que acontecera a Edward, tentando soar o mais calmo possível. “No hospital, em Norwich”, “Mas, Bruce”, “Espere por mim”, “Mas eu”, “Espere por mim”. Winnie, a cozinheira da casa, fizera o favor de avisá-lo de que não, Honoria não tinha esperado, mas que havia sorvete no freezer.
- Bem – Rob colocou a mala no colo, abriu, fechou, e não soube o que fazer com ela. – Acho que o correto seria eu acompanhá-la, então. Sabe em que hospital ele está?
- Agora sei. Minha mãe deixou um recado. Ela ligou para meio mundo.
- Imagino que sim. Será melhor levar uma muda de roupas? Onde está sua bagagem?
Bruce olhou para os pés. Onde estava?
- Eu não trouxe.
- Não? Ora, parece que foi mesmo uma coisa de última hora. Pobre Edward. Você acha que ele...
- Eu não sei – Bruce respondeu rapidamente. – Segundo a neta dele, não é a primeira vez que ele é internado.
Rob balançou a cabeça, a aparência esgotada. Depois, virou-se para Bruce, curioso.
- É mesmo. Não havia me perguntado até agora como logo você foi saber de toda essa história. Não imaginava que conhecesse a neta dele.
- Eu conheço. Ela trabalha comigo. Mas ainda não sabe que eu também conheço o avô dela.
- Não?
- Ainda não tive a oportunidade de contar.
- Entendo. Quase. Winifred, se Finnegan ligar, avise-o de que deve ligar para o meu celular, ou o da mãe dele.
Sunday, November 12, 2006
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