Wednesday, June 21, 2006

Um pequeno problema de programação

Moira remontou o aparelho de GPS. Passara a manhã de segunda-feira trabalhando com o aparelho, que Wilcox tinha lhe cedido, e agora, com o estômago roncando, finalmente tinha tempo para se sentir exausta.

O pedido no bilhete escrito pelo professor - transformar o aparelho num leitor de ondas eletromagnéticas custasse o que custasse - era na melhor das hipóteses um quebra-cabeça montado às cegas. Moira sabia que Wilcox era um louco de pedra, só não sabia o quanto. Até aquele instante, todas as hipóteses sobre um leitor de ondas magnéticas para vasculhar "dobras temporais" tinham sido exatamente hipóteses.

O que ele queria, afinal? Ganhar um prêmio Nobel enfiado dentro de uma casa no Hampton?


- Bruce? Que horas são?

- Meio-dia e quinze, se precisa mesmo saber - ele berrara da outra sala.

- Você vai almoçar?

- Eu ainda tenho um monte de coisas para fazer.

- Idem aqui. Aonde foi parar o chefe?

- Não sei, mas é melhor que ele fique longe por um tempo. Assim tenho tempo para pensar em uma desculpa para o cachorro ter comido a caneta-tinteiro dele.

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