Foi o primeiro sinal de que algo tinha acontecido - Fahrenheit estava no jardim da frente, com uma pata ferida. A porta da frente estava arrombada, aberta. Moira e Bruce tinham voltado para o Hampton e tinham sido brindados com aquela cena estranha.
- Essa não.
Bruce correu para dentro da casa, enquanto Moira ficou com Fahrenheit. Um berro serviu como alerta - tinham vasculhado a casa inteira, havia manchas de sangue em todos os papéis da antiga escrivaninha de Moira. Um computador tinha sido quebrado a golpes de algum objeto pesado. Mapas que Bruce demorara meses para fazer estavam em pedaços no chão.
Moira olhou em volta e sentiu os joelhos dobrarem de medo. Bruce tinha se esquecido de como se respirava.
- Eu vou chamar a polícia!
- Espera.
Bruce apontou o lugar onde o GPS deveria estar - e não estava.
Os dois correram para o jardim ao mesmo tempo para o jardim. A porta do galpão estava aberta, escancarada. O carro que levava os viajantes do Hampton até a estação de metrô fantasma não estava na boca do túnel, como de costume. Uma última mancha de sangue marcava a parede, como o sinal dos hebreus contra as pragas de Moisés aos egípcios.
Era preciso fazer alguma coisa. E Moira, respirando fundo, tomou as rédeas da situação.
- O outro carro dele está aí? - Moira chacoalhou o amigo pelos ombros.
- Está.
- Você sabe dirigir?
- Moira, para onde é que nós vamos? - Bruce não conseguia raciocinar.
- West Rotherhithe - e, respirando fundo - Alguém descobriu sobre a máquina!
Tuesday, February 13, 2007
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