Se Bruce tinha alguma intenção perversa a respeito do cachorro, desistiu assim que botou os olhos em Moira. Sem escolha, continuou equilibrando-se sem perícia, evitando sujar a meia na grama. Saltou até encontrar um pedaço de concreto.
- Isso não acontece todos os dias. Eu juro.
Moira evitava rir. Bruce, sabendo que pouca coisa deixaria a cena mais desconcertante, fez questão de abrir a porta para que a garota entrasse. Quando ele mesmo voltou para dentro da casa, já havia recuperado o sapato. Fahrenheit não estava à vista.
- Bem, Moira – o professor preparava mais uma caneca da bebida não-identificada. – Que você me desculpe. Não é a melhor casa de Hampton, mas eu não sou uma pessoa extravagante, como vai ter a chance de descobrir. Eu espero – balançou o dedo indicador, falando num tom que escondia tanto uma brincadeira quanto uma ameaça – Se durar mais de um mês.
Os dois olharam para Bruce, o professor parecendo radiante.
- Conseguiu? Que bom. Eu estava falando para Moira sobre os velhos computadores.
Bruce deu um sorriso irônico.
- É mesmo?
- Vocês só precisam de uma técnica? – Moira perguntou.
O professor balançou a cabeça.
- Depende, tudo depende. O que você sabe sobre viagens no tempo?
Bruce revirou os olhos. O professor ofereceu a caneca à Moira.
Monday, June 05, 2006
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