- Denunciá-lo a quem? Considerando o ramo de atividade daquele maluco?
- Que vai ficar ainda mais louco se não tiver alguém por lá para dar um jeito nele.
- E eu tenho que fazer isso?
- Bom, só você consegue convencê-lo. Sem precisar ameaçá-lo com uma cadeira, como acontece comigo. Moira, pelo amor de Deus. Antes que eu enforque o cachorro e ponha fogo na casa.
Moira fez que não com a cabeça.
- Não pretendo voltar para o Hampton, obrigada. Mas posso te fazer companhia de vez em quando, longe do professor. Pelo menos para salvar a vida do coitado do Fahreinheit!
- Aquele cachorro é um monstro.
- Você só precisa lidar com ele.
- É uma coisa que você sabe fazer bem. Seu avô melhorou?
- Um pouco. Está reclamando que não pode comer feijão em lata... É um vício, sabe?
Bruce sorriu, um pouco tímido, desviando o olhar quando Moira lhe encarou. Não era o que ele queria, mas era bem próximo. Podia ser um bom recomeço.
***
Longe do restaurante, em um gabinete no Parlamento, Gabriel Stuart MP planejava em silêncio seu grande golpe - que começaria com o seqüestro do professor Alphonsine Wilcox, residente do bairro de Hampton Court.
Monday, December 18, 2006
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1 comment:
Cá entre nós, é impossível denuncial Wilcox sem parecer maluco. Já imaginou ir até uma delegacia e avisar "Olha, meu chefe viajou no tempo e está escarafuçando a vida da minha família". Nem no Rio de Janeiro esse crime existe.
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